Óleo de Palma – Utilização

1) Alimentação Humana

A principal aplicação do óleo de palma e seus produtos está na área de comestíveis:

  • Margarina;
  • Gorduras para panificação, biscoitos, massas e tortas;
  • Pó para sorvetes;
  • Shortenings (gordura vegetal);
  • Óleo de cozinha;
  • Substituto da manteiga de cacau.

O óleo de palma tem elevado índice de vitaminas “A” e “E”. Ainda na indústria alimentícia, oferece uma característica que o torna imbatível: trata-se de produto natural, isento de processos químicos como a extração por solvente e a condenada hidrogenação para a produção de gorduras vegetais. O refino do óleo de palma é físico, ao contrário de todos os outros óleos vegetais e sua gordura é obtida por fracionamento também físico e não por hidrogenação. Tais aspectos fizeram com que a União Européia se tornasse o segundo maior importador de óleo de palma do mundo. O primeiro é a China. É importante ressaltar que o óleo de palma, assim como os demais óleos vegetais, não contém colesterol.

2) Alimentos para Animais

  • As rações balanceadas, utilizadas nas alimentações animais podem conter uma composição mesclada com torta de palmiste de dendê, como também óleo de dendê, integral ou na sua fração líquida, a oleína;
  • Objetivando crescimento e produtividade, é essencial determinada quantidade de metabolizantes, bem como vitaminas, na fabricação dos compostos alimentares especializados para animais, tais como gado bovino, carneiros, suínos, caprinos, aves, etc. O conteúdo calórico de 9 Kcal/g do óleo de palma, o dobro do que proporcionam tanto as proteínas como os carboidratos, é uma excelente fonte na composição das rações animais.

3) Aplicações não comestíveis

  • Ácidos Graxos: os ácidos graxos comerciais derivam quase que inteiramente de gorduras naturais. Constituem matéria-prima abundante e servem de base para toda indústria óleo-química. A estearina e o óleo de palmiste são frações igualmente ricas em ácidos graxos e ácido láurico. Sua produção vem crescendo e superando o sebo e óleo de côco atualmente, que eram fontes tradicionais disponíveis no mercado para produção de ácidos graxos;
  • Esteres Metálicos: constituem o segundo maior volume de produtos óleo-químicos após os ácidos graxos. Apresentam grandes aplicações de álcoois graxos, alcalonamidas, antibióticos e antiespumantes;
  • Sabões: o óleo de palma, a estearina de palma e seus ácidos graxos podem substituir parcial ou totalmente o sebo, dependendo do tipo e qualidade do sabão desejado;
  • Velas: originalmente, as velas se faziam de sebo ou de cera de abelhas. Atualmente são feitas de misturas de parafina e ácido esteárico ou “estearina”. O ácido esteárico comercial para fabricação de velas é na verdade uma mescla de ácido palmítico e ácido esteárico. O óleo de palma é uma importante fonte destes ácidos;
  • Lubrificantes: as máquinas para alimentos requerem lubrificantes com uma característica apropriada. A oleína de palma, o óleo de palma e a estearina de palma são atualmente indicados para a fabricação de graxas lubrificantes pois proporcionam: boa adesão às superfícies metálicas, amplitude de resistência, alto ponto de fusão sem fragilidade e alta resistência à oxidação. As graxas minerais nunca devem ser utilizadas nas fábricas de alimentos por seus produtos tóxicos;
  • Laminação de Aço: em todo o mundo as indústrias de aço utilizam grandes quantidades de óleo de palma durante o processo de laminação a frio do aço, cuja finalidade é lubrificar e proteger a superfície da corrosão;
  • Biocombustível, substituindo o óleo diesel.

4) Outras Utilizações

  • Proteção de tanques de armazenagem e tubos contra intempéries;
  • Na fabricação de folhas de estanho, para reduzir perdas térmicas e proteção contra a oxidação do estanho;
  • Na fabricação de azeites têxteis. Alguns óleos glicerídios se usam como auxiliares na indústria têxtil para fabricar as fibras;
  • Plásticos: recentes investigações têm mostrado que o óleo de palma epoxidado é usado como plastificante e estabilizante para plásticos como o PVC;
  • Na fabricação de shampoo e condicionadores de cabelos;
  • Na fabricação de amaciante de roupas;
  • Na fabricação de giz;
  • Na fabricação de tintas;
  • Na fabricação de detergentes;
  • Na fabricação de emulsificante;
  • Na fabricação de resinas.

“ZERO WASTE” – Perda Zero

Os resíduos do processo de extração, como cacho vazio, fibra e casca de amêndoas, podem ser utilizados como combustível nas caldeiras, para produzir o vapor necessário para o processo de extração, e também para a geração elétrica. Isto faz com que a fábrica de extração de óleo de palma seja auto-suficiente em energia elétrica, podendo até fornecê-la para outros consumidores, como agrovilas ou rede pública.

Se não houver a queima de resíduos do processo nas caldeiras, pode-se utilizar este material para adubação orgânica no próprio dendezal.